Por Magno Urbano

Elas são um dos elementos mais esquecidos e abandonados durante a criação de um grafismo ou composição. São desprezadas, e muito poucos sabem tratá-las com o devido reconhecimento, apesar de serem de importância vital. A sua presença é um vazio completo, mas, neste vazio, encontra-se o equilíbrio, a leveza e a paz.

Estou a falar das margens e acerca daquilo que representam.

Num grafismo, as margens são uma marcação invisível de textos ou colunas, cuja colocação, requer uma cuidadosa consideração. Saber estabelecer as margens de um trabalho, pode definir formalidade, luxo, modernismo ou utilidade.

Um catálogo comercial, cuja função é a de informar os clientes dos preços e características dos produtos vendidos, certamente, terá uma margem pequena, a menos que queira transmitir a ideia de luxo ou de formalidade. Uma lista telefónica não precisa ter uma preocupação estética e, portanto, utilizará quase a totalidade da folha de papel, na impressão.

Observe a figura seguinte. Representamos três folhas de papel, com diferentes margens:

• A folha 1, representa as margens, que, normalmente, são utilizadas em diversos trabalhos ou trabalhos de uso geral. Neste tipo de composição, a área de texto representa cerca de 80% da área total do papel;
• A folha 2, representa aquilo que chamamos de estilo clássico ou formal, onde a área de impressão corresponde a, aproximadamente, 70% da área total do papel;
• Na folha 3, vemos o chamado estilo de luxo, onde a área de impressão corresponde a, apenas, 50% da área total do papel.

As margens também podem dar um ar moderno a uma composição. Veja só o que acontece quando deslocamos o centro da composição, como indicado na figura seguinte:

Portanto, quando fizer uso das margens, analise bem a ideia que deseja transmitir!

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